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Tratamento para insuficiência cardíaca tem indicação ampliada no Brasil

Saúde

Com aprovação da Anvisa, mais de 1 milhão de pacientes podem ser beneficiar com droga que reduz taxa de internação em 18%, segundo estudo Por Paula Felix 25 jun 2024, 12h00

DIFICULDADE: doença se caracteriza pela incapacidade do coração de bombear o sangue adequadamente para manter o funcionamento adequado do organismo

Já liberado para uso de um grupo de pacientes diagnosticados com insuficiência cardíaca, o medicamento dapagliflozina teve sua indicação ampliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, deve beneficiar aproximadamente 1 milhão de pessoas que vivem com a condição, caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue adequadamente para manter o funcionamento adequado do organismo.

A doença tem forte impacto na qualidade de vida dos pacientes, que podem sofrer com dificuldade para respirar e inchaço nas pernas. Sem o tratamento adequado, pode levar a internações e, em casos mais graves, à morte.

No Brasil, a droga era indicada para casos de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICER), quando o coração não consegue bombear o sangue para fora do órgão. A nova indicação inclui pacientes com fração de ejeção preservada (ICFEP), uma limitação que faz com que o músculo cardíaco não relaxe, impedindo a entrada suficiente de sangue a ser ejetada para o restante do corpo.

Redução de hospitalizações
A ampliação da indicação considerou um estudo de fase 3 chamado Deliver que contou com 6.263 participantes, inclusive do Brasil. Foi usado o padrão ouro em pesquisa por meio de um ensaio randomizado, duplo-cego e controlado por placebo.

“Tivemos a participação de 405 brasileiros e mostramos que a gente reduziu a taxa de hospitalização, piora ou morte em 18%. Em cada 32 pessoas, foi possível prevenir um desfecho negativo”, explica o pesquisador José Francisco Kerr Saraiva, professor titular de Cardiologia da PUC Campinas e um dos autores do estudo.

Segundo Saraiva, a droga traz benefícios que vão além da indicação para a insuficiência cardíaca – já constatados e com aprovação para uso como o tratamento de diabetes tipo 2 e proteção dos rins, complicações que podem afetar pacientes que têm o problema cardíaco.

“Os pacientes com insuficiência cardíaca não só apresentam maior risco de morte e hospitalizações, mas passam por uma complexa jornada, com limitações físicas, e baixa qualidade de vida. Além disso, a doença quase sempre tem relação direta com outras condições como diabetes, hipertensão e doença renal crônica”, disse, em nota, Karina Fontão, diretora médica da AstraZeneca Brasil. “Temos a expectativa de que cerca de 1 milhão de pessoas possam se beneficiar dessa nova terapia no Brasil”, completa.

Oferta SUS

A nova indicação ainda não está prevista para ser incorporada para distribuição no Sistema de Único de Saúde (SUS), mas esse pode ser um próximo passo, tendo em vista que a dapagliflozina já é prescrita para casos de insuficiência cardíaca na rede pública.

“Já tínhamos aprovação de outra medicação para pacientes com esse quadro. Agora, temos uma nova opção que está disponível no SUS. Ter aprovado em bula é um sucesso, porque torna possível ampliar a discussão pela incorporação”, explica Saraiva.

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Diabetes Tipo 2 é uma condição crônica que afeta a maneira como o corpo metaboliza a glicose, resultando em resistência à insulina ou produção insuficiente desse hormônio, o que leva a níveis elevados de açúcar no sangue.

Fibrilação Atrial

Pesquisa sobre a fibrilação atrial concentra-se no estudo das arritmias cardíacas, especialmente no ritmo irregular do coração, desenvolvendo métodos para diagnóstico e tratamento eficazes para melhorar a saúde cardíaca.

Doença Cardiovascular

A pesquisa sobre doenças cardiovasculares abrange uma ampla gama de condições que afetam o coração e os vasos sanguíneos, visando entender as causas, desenvolver métodos de prevenção e novos tratamentos para promover a saúde cardiovascular.

Colesterol

A pesquisa sobre colesterol investiga os níveis de lipídios no sangue, buscando compreender como o colesterol afeta a saúde cardiovascular e desenvolvendo estratégias de manejo para prevenir doenças relacionadas ao colesterol elevado.

Insuficiência cardíaca

A pesquisa sobre insuficiência cardíaca investiga os mecanismos por trás da falha do coração em bombear sangue eficientemente, desenvolvendo novos tratamentos, terapias de suporte e intervenções para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Hipertensão arterial ou “pressão alta”

A pesquisa sobre hipertensão arterial foca na compreensão dos fatores que contribuem para a pressão alta, desenvolvendo métodos de diagnóstico precoce, estratégias de controle da pressão arterial e intervenções para prevenir complicações relacionadas à hipertensão.

Atuação

Áreas de pesquisa da IPECC
O IPECC atua no desenvolvimento de Pesquisa clínica nas Fase II, Fase III e Fase IV.

Cardiologia

Pesquisa doenças do coração e sistema circulatório, criando novos métodos de diagnóstico e tratamento para melhorar a saúde cardiovascular.

Angiologia

Estuda doenças dos vasos sanguíneos e linfáticos, buscando inovações no diagnóstico e tratamento para melhorar a circulação.

Endocrinologia e Metabologia

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ASMA e DPOC

As pesquisas sobre ASMA e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) buscam desenvolver novos tratamentos e terapias para controlar os sintomas, melhorar a função respiratória e aumentar a qualidade de vida dos pacientes.

Pediatria

Estuda a saúde infantil, desenvolvendo tratamentos e vacinas para promover o bem-estar de crianças.

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